Certamente você já comprou ou ao menos ouviu alguém falando entusiasmado sobre bonecos de heróis. Mas você sabe quando e como começou essa história de bonecos articuláveis para colecionadores?
História
É fato que desde muito tempo atrás garotas brincam com bonecas (dolls) ou bichinhos de pelúcia. Para ser mais exato, de acordo dados arqueológicos do Antigo Egito, elas já brincavam de "muñecas" desde 3.000 a.C. Então, em 1963, vendo a lacuna existente no mercado de brinquedos para garotos, o agente de licenciamento nova-iorquino Stan Weston idealizou bonecos articuláveis com temática militar e apresentou para Donald Levine (1928-22/05/2014), executivo de negócios da famosa empresa estadunidense de brinquedos Hasbro. Ambos estavam cientes do enorme potencial de vendas para tais brinquedos.
Daí, em 1964, Levine, cria uma linha de bonecos articuláveis de 30 cm da Hasbro chamada G.I. Joe. Então, para diferenciar seu produto da popular linha de dolls, ele cunha o termo "action figure" ou "bonecos de ação", já explicitando a temática militar da linha G.I. Joe, que traria personagens de guerra.
O sucesso foi estrondoso. Várias outras linhas foram criadas e os G.I. Joe receberam quadrinhos, filmes, desenhos animados, video games e até entraram para o National Toy Hall of Fame em 2003 (The Strong-Rochester/Nova York). Quando esses bonecos chegaram aqui no Brasil em 1982, já no relançamento da linha numa versão de 9,5 cm, receberam o nome de Comandos em Ação pela empresa Estrela.
O termo "G.I." era utilizado originalmente pelos serviços de logística das Forças Armadas dos EUA para referir-se a "galvanized iron", ou seja, equipamentos feitos de ferro galvanizado. Com o passar do tempo, esse termo se tornou um adjetivo para qualquer coisa que tivesse a ver com o Exército ou com a Força Aérea do Exército dos EUA, incluindo os próprios soldados. Posteriormente, se tornou comum neste país o uso de termo "G.I. Joe" para se referir ao soldado de infantaria, aquele "João faz tudo" da guerra. Houve até um filme em 1945 que utilizou esse termo, foi o "The Story of G.I. Joe".
Atualidade
Atualmente, a categoria dos action figures agradam a todos os públicos e embelezam as estantes até de quem nunca foi muito fã de quadrinhos. Super-heróis e animes são os principais temas usados na criação de um action figure.
Produção
Com base no processo de criação realizado pela empresa Hasbro, um novo action figure nasce como um simples rascunho em papel, definido após realização de pesquisa com o público alvo. Etapas à frente, esse rascunho dará origem aos moldes para produção em massa deste novo boneco. Quanto as articulações, que são o chamariz destes produtos e um dos seus fatores de encarecimento, elas podem ser, basicamente, de três formas: Pivô (dois pinos conectados por um disco), Dobradiça (três discos e um pino) e Bola (com globos nas extremidades e permitindo movimentos circulares). Em resumo, todo esse processo de criação leva de dois a quatro meses, custando no mínimo R$25 mil. O uso de máquinas 3D, que custam em média US$10 mil, pode reduzir todo esse tempo para poucas horas.
Preço
É fácil perceber que a produção destes brinquedos para garotos não é pouco onerosa e, por este motivo, seu preço final não poderia ser baixo. A action figure do Batman (Liga da Justiça) na imagem abaixo, por exemplo, sai por US$63. Já uma versão "high end" não sai por menos de 3 vezes esse valor. Edições de luxo são ainda mais caras, pois, além de limitadas, acompanham uma série de acessórios exclusivos.
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